São Paulo de Piratininga
Vila São Paulo de Piratininga, 25 de Janeiro de 1554.
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Difícil imaginar, mas a cidade de São Paulo nasceu tímida no alto de uma colina chamada Piratininga, o ano era 1554, o século XVI começou com a chegada dos Jesuítas, eles subiram a Serra do Mar e se instalaram numa pequena elevação entre o Rio Anhangabaú e Rio Tamanduateí a fim de buscar um local seguro para catequizar os índios.
Rua Direita à noite, 1928.
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Durante mais de um século a Vila de São Paulo de
Piratininga não passava de três ruas, a Rua Direita, Rua São Bento e a Rua de
Rosário que hoje é a Rua 15 de Novembro, essas três ruas formavam o triangulo
histórico da cidade com casas baixas construídas de taipas e onde se
concentrava o comércio.
Durante muitos anos a cidade serviu como rota dos
bandeirantes que capturavam índios para serem comercializados como escravos.
Até o século XVIII o Brasil vivia da monocultura de açúcar
para exportação, a produção usava o trabalho escravo e o seu maior centro de
produção ficava no nordeste do país, como Piratininga estava fora desse eixo
produtivo, a vila teve pouco crescimento econômico e populacional subsistindo
principalmente com o cultivo de trigo. A principio a descoberta de ouro em
Minas Gerais paralisou ainda mais o desenvolvimento da região.
A situação socioeconômica de São Paulo piorou em 1758
quando o Marquês de Pombal proibiu a escravidão indígena que era a grande fonte
econômica de muitos bandeirantes e principal mão de obra empregada na economia
paulista.
Era uma necessidade política econômica e administrativa fazer
a independência do Brasil. Foi em São Paulo, as margens do Riacho do Ipiranga,
que Dom Pedro II proclamou a independência do país em 7 de setembro de 1822, uma
das datas mais importantes da história do país, o Brasil estava
determinado a seguir seu próprio destino separando-se de Portugal.
No fim do século XIX a Lei Áurea pôs fim a escravidão, São
Paulo viveu o dilema da transição da mão de obra escrava para a mão de obra
livre, então alguns fazendeiros começaram a investir na força do trabalho de
imigrantes europeus, principalmente italianos.
Muitos desses imigrantes tinham mão de obra especializada,
alguns já tinham capital para investir no comércio e na indústria como, por
exemplo, a família Matarazzo que prosperou na indústria alimentícia. Bairros
foram criados para abrigar esses imigrantes como é o caso do Bexiga, Bom
Retiro, Mooca e o bairro da Liberdade que é a maior colônia de japoneses fora
do Japão.
Na metade do século XIX a atividade econômica da
monocultura do café já havia impulsionado o crescimento de São Paulo e seu
cotidiano foi gradativamente modificado pela economia cafeeira, as cidades da
Província de São Paulo enriqueceram, as fazendas prosperaram no Vale do Paraíba
e se expandiram para o noroeste paulista motivando os fazendeiros a trazerem
suas famílias e construírem suas casas em São Paulo.
A cidade foi reurbanizada com o Jardim da Luz e as ruas
Florêncio de Abreu e a Libero Badaró e com a riqueza acumulada durante o auge
da economia do café, São Paulo prosperou, surgiram os bondes, iluminação a gás,
a estrada de Santos e até um pequeno parque industrial.
Na passagem do século XIX para o XX com a crescente
industrialização da economia, São Paulo começou a desempenhar o papel de polo
industrial do país. Desse período herdamos importantes espaços, construções e
serviços para a cidade como a Universidade de São Paulo, o Teatro Municipal, o
Museu Paulista, Museu de Artes Modernas, o Viaduto do Chá, a Estação da Luz, os
primeiros automóveis, as praças, os viadutos, o telefone e a imprensa.
O século XX marcou ainda o processo de verticalização da cidade com a construção de enormes edifícios. O grande símbolo urbano e arquitetônico de todo esse período foi a Avenida Paulista, inaugurada em 1891.
Ao lado de Minas Gerais, São Paulo tornou-se a principal economia do país, os dois Estados começaram a revezar-se no governo do país em um período conhecido como ‘República do Café com Leite’.
O século XX marcou ainda o processo de verticalização da cidade com a construção de enormes edifícios. O grande símbolo urbano e arquitetônico de todo esse período foi a Avenida Paulista, inaugurada em 1891.
Ao lado de Minas Gerais, São Paulo tornou-se a principal economia do país, os dois Estados começaram a revezar-se no governo do país em um período conhecido como ‘República do Café com Leite’.
O fim da República do Café com Leite, agora República
Velha, desestabilizou a política e a economia paulista, Getúlio Vargas tomou o
poder do governo através de um golpe militar intervindo em diversos setores da
política nacional. Em 1932 São Paulo reuniu suas forças contra o resto do
Brasil para combater a ditadura e lutar por uma nova constituição, embora
derrotados nos campos de batalha, São Paulo saiu vitorioso ao ver o fim da
ditadura e a promulgação de uma nova Constituição, a Revolução
Constitucionalista tornou-se um marco na história paulista comemorado no
feriado de 9 de Julho.
São Paulo continuou crescendo, regendo os rumos do país,
atraindo a atenção de todos os povos numa verdadeira invasão, principalmente de
pessoas do norte e nordeste, pessoas que viam em São Paulo uma esperança de
vida e trabalho, tal invasão fortaleceu mais ainda a economia, mas resultou
numa grande expansão da cidade para as periferias, fazendo a cidade crescer de
forma descontrolada e desorganizada, tornando-a enfim, numa grande metrópole.
A São Paulo de hoje é uma grande megalópole, ambígua, cheia
de informação, é uma cidade que pulsa, que vibra, que sente, é uma cidade que
não dorme, não para e que é assustadoramente bela.
FELIZ ANIVERSÁRIO SÃO PAULO! PARABÉNS POR SEUS 459 ANOS!
Em 1928 já havia congestionamento na Avenida Paulista
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